sábado, 12 de outubro de 2013

Doido Comenta - Dragon Ball Z - Battle of Gods - Com spoilers

Estreou ontem, 11/10, nos cinemas do Brasil o mais novo movie da franquia Dragon Ball, criada e produzida por Akira Toryama e pelos estúdios Toei e pela 20th Century Fox. A direção é de Masahiro Hosoda.

Finalmente, mais animes e mais Dragon Ball para os fãs. Eu vi o filme e vou comentar o que achei. 
Cuidado, daqui para frente spoilers em cima de spoilers

Desde que vi as primeiras imagens e li as primeiras sinopses do que seria Battle of Gods só uma coisa me vinha a cabeça:

"Mais do mesmo!"

E é exatamente isso. 
Mais um movie de DBZ que não acrescenta nada a história. É mais um pouco de lutas em alta velocidade, uma nova transformação, pessoas unidas para salvar a terra que está mais uma vez ameaçada de destruição.

Começa igual tudo em DBZ, surge uma ameaça, Goku luta e apanha, a ameaça se dirige ao resto dos Guerreiros Z, bate em todos, Goku volta mais forte e derrota o inimigo com a ajuda de todos seus amigos, todos terminam felizes e rindo de alguma besteira.

Quase a mesma coisa que foi feita com o OVA "O Retorno de Goku e Seus Amigos". 

A ameaça da vez é Bills, um deus da destruição. Enquanto existe um deus responsável pela criação também existe um responsável pela destruição e este deus irá despertar em breve de um sono profundo, o que deixa todos os Kaio Shins apreensivos com a possibilidade de Goku querer enfrentá-lo. Que é exatamente o que acontece.

Em algum lugar, Bills acorda e fala de um sonho, o de que iria enfrentar um Super Sayajin deus e se interessa muito mais por isso quando seu acompanhante, Whis, diz que Freeza havia sido derrotado por um sayajin chamado de Kakarotto.

Ele parte atrás de todos sayajins sobreviventes para saber se algum conhece alguma coisa sobre o deus sayajin. Mas, ninguém sabe de nada.

Então, entediado ele resolve que irá destruir a terra.

Parece um filme bem sombrio e sério contando assim, mas, não é.



Ele é recheado de humor, Vegeta pagando mico no meio da festa de aniversario da Bulma para acalmar Bills. A briga toda começa apenas por que Majin Boo gordo não quis dar um pudim para Bills que estava na terra comendo todo tipo de comida.

Ainda tem a aparição de Gohan como o Grande Sayaman e os vilões da primeira fase da história, Rei Pilaf, Mai e Sho, regredidos em forma de criança por terem feito um pedido acidentalmente a Shen long (sim, ele finalmente reuniu todas as esferas do dragão), e Mai tem que se passar por namoradinha do Trunks.

Depois de todo mundo ter apanhado de Bills, Goku chega e com a ajuda de Shen Long descobre que o Sayajin deus é uma especie de lenda, que foi criada pelos sayajins para explicar como os sayajins bons foram derrotados pelos maus e toda a raça se tornou guerreira e conquistadora.

É preciso reunir 6 sayajins bons para invocar o deus sayajin, mas como só há cinco na terra (e neste ponto o irmão de Vegeta é mencionado) não há esperança de salvar a terra, já que mesmo a forma Super Sayajin 3 não é suficiente para derrotar Bills.
Quem salva o dia é Videl que revela estar gravida. Juntos, Gohan, Goten, Trunks, Vegeta e Pan (na barriga de Videl) passam sua energia para Goku que se torna o Super Sayajin Deus.

Que é apenas um Goku com um cabelo e aura avermelhada.

A luta deles é legal, mas Goku está frustado por não poder conseguir enfrentar Bills sozinho, sem ter dependido da ajuda dos outros.
E Bills começa com uma lição de moral sobre orgulho e que mesmo Vegeta engoliu o dele para salvar a terra.

A luta chega a ir para o espaço, Goku tem que usar toda a energia para segurar o ataque de Bills e salvar a terra e termina com ambos admitindo a derrota. Bills reconhece que Goku é muito forte, mas explica que existe um total de doze universos e nestes devem haver pessoas muito mais fortes que eles, incluindo Whis, que é seu acompanhante e professor.

Apesar disso, Bills diz que não pode mudar de ideia e deve destruir a terra então lança uma energia em um pedregulho e dá uma desculpa de ter usado muita energia na luta, mas que numa próxima destruirá toda a terra.

Acaba com Goku falando uma besteira em relação ao fato de ter se atrasado para a luta e apanhando da Bulma. E Bills, em seu planeta, após revelar que usou apenas 70% de seu poder máximo (ou seja, mesmo o SSJ God não seria adversário para ele), termina comendo uma quantidade absurda de wasabi (aquele tempero verde tipico da culinária japonesa) e fica com a boca queimando.

Sinceramente, não acho que estes acontecimentos do filme, por mais legais que sejam, mereçam um filme de uma hora e vinte e um ingresso no cinema.

Sobre a animação, o filme é muito bonito de se ver. Uma ótima combinação de computação gráfica e animação tradicional. Cores vivas, efeitos especiais brilhantes, som e músicas sensacionais. É tudo lindo de se ver.



A cena na atmosfera, com a terra ao fundo é muito bacana. A invocação de Shen Long é emocionante e nostálgica. Principalmente se você está longe do universo DB a um tempo.
E legal ver que até o Shen Long tem medo e receio do Bills. 

Durante os créditos, todo o mangá de Dragon Ball é passado rapidamente deixando a sensação de que aquele seria a última animação de DB que seria produzida finalizando com a imagem de Goku indo para o embora.

Porém, não acredito que será o fim já que Toryama ainda precisa se esforçar muito para tirar o gosto amargo que DB Evolution deixou na boca dos fãs.

Mas muito mesmo.

2 comentários:

  1. Olha. A questão dos efeitos visuais achei alguns da luta contra o Bills forçados, tipo quando ele se transforma em ssjg e fica lutando no deserto com o deus, aquela cena foi TODA computadorizada, senti que tava jogando um nintendo Wii. Sobre o final, eu entendi que quem havia ganhado era o Bills, porque o Goku ficou todo estourado e o Bills ainda tinha 30% da força dele, bem, pelo menos o Goku não ganhou, o que já é uma pequena mudança, fora que o Bills soltou a questão de mais universos, FOI DAÍ que deram gancho pra uma nova série, uma coisa acrescentável à história, e a Videl grávida também, fora isso também vejo nada do que se acrescentou. Sobre não valer o ingresso penso diferente: 1º porque pra um filme de Dragon Ball ele foi mais que perfeito, 2º porque se a gente mostrar que aqui no Brasil tem procura nos longas japoneses dentro das bilheterias, as empresas podem trazer um live action do Rurouni Kenshin por exemplo, que teve críticas boas.
    Agora vamos falar da tradução, Tenshinhan não é o mesmo dublador, (promessa de Wendel Bezerra ter OS MESMOS DUBLADORES), a tradução não estava similar (sim eu vi o legendado antes de ir ao cinema), apenas as comidas, e o principal, traduzir as duas músicas para o inglês não ficou legal. Pode isso Arnaldo?

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    Respostas
    1. Sobre alguns pontos:
      Um gancho para uma nova história, eu não acredito, Toryama não irá fazer uma nova série de DB, exatamente pelo resultado do DBGT.
      Os dubladores são sim os mesmos, de Dragon Ball Kai. Por algum motivo mudou quando saiu da Alamo para a BKS.

      Sobre o apoio a trazer longas do japão para o Brasil também acho que é dificil. Os longas de Pokémon e Cavaleiros do Zodiaco tiveram ótimos resultados mas, mesmo assim há pouca coisa que mudou.
      Fãs de anime são um público muito restrito ainda.

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